Thursday, November 8, 2007

Traição

Por favor não brigue, considere ao menos que estou aqui lhe contando a verdade com toda a minha sinceridade. Foi tudo meio sem querer, inocentemente fui caminhando para o prescipício e quando vi não dava para voltar atrás. Na hora pensei em te ligar, mandar um sms, mas não tive coragem. Pior, me aproveitei da situação e fingi ignorar a sua existência por um tempo.

Realmente não há como negar q foi bom, e se paro pra pensar não me arrependo, faria de novo sem pensar duas vezes. Eu sei q soa duro, mas acredite, é melhor saber de uma vez toda a verdade. A consciencia pesa e dói um pouco na alma, juro q não quis me vingar, até pq vc nunca fez nada q merecesse vingança, sempre foi super correta comigo. Sou culpado e assumo, se eu quisesse nós poderíamos ter passado sem essa, mas não deu pra resistir.

Estava no trabalho meio estressado quando um amigo me chamou para sair mais cedo pra refrescar a cabeça. Fugímos do trânsito e encontramos uma amiga q ele está ficando, um casal de lésbicas e outra menina. Acredite, minha traíção não tem absolutamente nada a ver com essa outra menina. A traíção, é... não há como chamar de outro nome, se deve a uma quinta menina q surgiu durante a noite. Não teve como deixar passar, linda, magrinha, baixinha de cabelos longos e retos, franjinha na testa e correndo de um lado pro outro como uma menina travessa q sabe q fez besteira.

Desculpe, mas agora q comecei a contar terei q ir até o fim, é melhor, por mais q não possa te pedir confiança num momento desse, tente acreditar. Chegamos com calma, sentamos em nossas poltronas e alguns minutos depois ela apareceu cercada de quatro marmanjos. Coitados, nem foram notados, meus olhos eram só pra ela, e não me espantaria nem um pouco em dizer q todos ali só olhavam pra ela. Resisti um pouco quando ela me disse "My poor head is aching my sad heart in breaking". Mas acabei jogando a toalha, o jeito doce de pedir desculpas falando no meu ouvido "I'm sorry. Two words I always think. After you've gone. When I realize I was acting all wrong" me fez cair de quatro.

A partir daquele momento não havia como voltar atrás, fiquei ali, despencado em minha poltrona, sem reação, tudo que ela fazia me deixava com mais cara de panaca do que eu já estava. Eu repetia o q ela dizia e sonhava para aquele momento não acabar nunca. Meus elogios lhe deixavam tímida e ela repetia como q se fosse adiantar alguma coisa "Take it slow. Take it easy on me". Eu lá destruído e ela de vez em quando se fazendo de durona, de difícil, virava pro lado, balançava a cabeça e jogando seus cabelos pro lado falava "I'll be the one who will break my heart" depois pra se afastar ainda dava um gritinho "ahh".

Uma hora depois do nosso encontro ela contou até 10, pulou o 7 e o 8 e foi embora. Gritei por favor para não me abandonar assim, e esperei de pé. Ela atendeu, voltou, disse q seria breve, contou histórias de leões marinhos e se foi.

Caí de amores pela Feist, não há quem resiste a um show desse sem aviso prévio.

2 comments:

Vanessa Oliveira said...

Já me bastou o e-mail.
Sem comentários para esse texto aqui. ;oP

Bjokas

Unknown said...

Muito bom o texto :)