No primeiro amistoso ficou claro q teríamos obstáculos pelo caminho. Na estréia do campeonato percebemos q se decepção fosse um problema o melhor seria abandonar o time. Como somos perseverantes e não possuímos a menor auto-estima (como todo nerd q se preze) ignoramos o fato de estarmos tomando uma goleada atrás da outra e procuramos enxergar um saldo positivo, por mais q nosso saldo de gols já tivesse dois digitos negativos.
Procurando algo para se apoiar foi fácil perceber q ao longo das partidas o time estava melhorando. Por mais q a derrota nos acompanhasse em todos os momentos, o número de gols sofridos diminuía com o tempo, ou seja, ainda havia uma esperança. Através de projeções aritméticas, estudos de caso, previsões metereológicas, numerologia e um pouco de dinâmica de grupo, chegamos a conclusão q nosso primeiro empate aconteceria após o último jogo da liga. Percebendo q o tempo era mais um adversário a ser batido resolvemos, tomar uma posição ofensiva, adotamos o 2-3-5 e partimos para o tudo ou nada.
Com práticas dignas do falecido Caixa D'Agua rasgamos o regulamento e convocamos jogadores impedidos de jogar por processos contratuais, ou seja, não trabalhavam na Microsoft. Começamos a explorar um lado mais malandro e desrespeitoso de jogo e, ao longo das partidas foi fácil enumerar a quantidade de faltas cavadas, reclamações ao juiz, carrinhos desleais e cusparadas na cara q nosso querido time despejou. Pelada's Heroes é hoje com muito orgulho considerado o time mais desleal e catimbento de todas as ligas da Microsoft. Por fim, o mais dificil foi liberar nosso hermano argentino para chamar seus amigos, mas tudo bem, ao lhe darmos a notícia seus olhos brilharam com tanta intensidade q por algum momento tivemos a impressão q ali dentro existia uma boa pessoa, por sorte esse momento foi breve o suficiente e não deixou saudades.
No último sábado finalmente conseguimos atingir nosso objetivo. Entramos em campo com um time globalizado. Brasileiros, argentinos, japoneses, americanos e um afegão mostraram q no esporte há sim um ambiente de paz e solidariedade. Nosso adversário formado basicamente por atletas geriátricos se mostrou no início bastante resistente ao nosso poder ofensivo, mas através do uso de bolas reservas conseguimos acelerar o ritmo de jogo e em 20 miinutos conseguimos tirar três de campo por motivos diversos (estiramento muscular, pressão alta e ataque cardíaco). Com um lançamento excepcional de nosso Iranildo, um passe de joelho direito do nosso Obina e um chute cruzado de Nakata abrimos a porteira. Minutos depois em um impedimento escandaloso, Robert Duvall empatou o jogo. Vendo q a vitória poderia escapar por nossos dedos apelamos para investidas ousadas, diminuímos a catimba e subimos ao ataque, em minutos nosso querido afegão meteu um gol de cabeça após uma cobrança de escanteio magnífica de Iranildo.
Com o fim do primeiro tempo e a possibilidade de uma recuperação física do adversário, nosso hermano lhes ofereceu uma águinha milagrosa. No segundo tempo, enquanto o adversário se mostrava sonolento e sem ação, Pelada's Heroes era só pressão. Não demorou muito para Afegão e Obina marcarem outros dois gols, o segundo com uma ajuda considerável de uma crise de incontingência urinária do goleiro Ben Kingsley.
Há cinco minutos do final do jogo o time geriátrico ainda marcou um segundo gol, mas a partida já estava decidida e, quando o árbitro apitou o final do jogo enchemos o peito de alegria e saímos de campo com um só grito: "O Chego Já... Pode Esperar... A Sua Hora Vai Chegar". Aos q não sabem (todos vcs), Chego Já é o maior rival do Pelada's Heroes desde a criação do tempo e da matéria, um time formado unicamente por brasileiros vascaínos q preferiram se afastar de seu país de origem por não suportar mais o nome vice sobre suas costas. Enfim, um clássico... aguardem.
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