Tudo começou quando eu era criança, mimado q sou, meu pediátra vinha à minha casa resolver meus problemas infantis (catapora, coqueluche e viadagens em geral). Fui crescendo e os antigos hábitos apenas se fortaleceram. O fato dele ter 103 anos, ter dado aulas pra sua mãe e ter um prédio da UFRJ com seu nome me dava confiança, ao invés da idéia correta de q se ter o mesmo pediatra por mais de 20 anos é a mesma coisa q ter aos 30 uma Monark aro 16 com rodinhas.
Um dia eu me fudi. Mas me fudi mesmo. Na verdade só me fudia à noite. Durante mais de uma semana eu acordava fudido no meio da noite. Toda noite era assim... fudido. Por sorte naquela época eu dormia sozinho, o q me dava a certeza q era um problema de saúde e nao um problema de pregas.
Procurei meu pediátra, ele deu uma opiniao vaga e pediu uns exames, nada. Fui ao ortopedista da família, ele pediu uns exames, nada. Não lembro ao certo, mas ao todo fui à oito médicos de especialidades diferentes. Do pediátra ao gastro todos pediram exames, nada. O urologista ainda me mandou a sábia pérola ao saber q eu tinha um pediátra: "Vc já tá na idade de arranjar um médico de gente grande." Eu melhorei, o q era? Ninguém sabe ao certo, mas provavelmente era algo entre uma virose (pediatra) e falta de fibras no organismo (gastro).
Os anos se passaram, eu me mudei pra Seattle, ainda durmo sozinho e apesar de hoje em dia encher a cara regularmente, tenho total noção q nunca acordei fudido.
E assim acabaria a história, se nao fosse um gancho típico daquelas continuações de filmes caça-níquel americano voltados para a juventude retardada comedora de M&M.
- Q tal se a dor voltasse?
- Muito óbvio
- Poderiamos matar o pediatra?
- Provavelmente ele já está sob a ajuda de aparelhos
- Vamos dizer q o plano de saúde nao cobriu os 8 médicos?
- Ninguém se interessa por histórias dramáticas
- Inventamos um rockstar brocha e o colocamos na história sem mais nem menos!
- EXCELENTE IDEIA!!
Assim, por força de um roteiro non sense do destino, Joao Brasil foi acrescentado a minha vida.
Eu q já andava perdido pelo mundo e sempre buscando referências musicais aqui e ali descobri o novo rei do pop, com clássicos instantâneos fui fisgado pela sua irreverência e acabei distribuindo links de seu myspace pelas ruas em q passava.
Numa dessas audições públicas minha mãe em visita à Seattle ouviu, riu, digeriu e assimilou o nome da criança. Meses depois durante uma visita à casa de amigas, enquanto batia papo, tomava um chá e falava as mais baixas putarias (típico de uma conversa entre mulheres), não só o nome de João Brasil veio a público, como o nome de seu pai o acompanhou. Seu pai, calhava assim de ser o mesmo urologista q me atendeu anos atrás enquanto eu acordava fudido toda noite.
Uma sensação horrível me corrói desde então. João Brasil, q até entao para mim era um ser inatingível, um rei do pop visto apenas através das janelas da MTV. Se tornou de uma hora pra outra algo tao real, mas tao real q até seu pai já viu minha pica! E se não fosse o bastante, ainda tenho q conviver com a idéia de q nossos pais se conhecem intimamente, afinal, meu pai é seu cliente há anos (sem trocadilho por favor).
Um dia eu me fudi. Mas me fudi mesmo. Na verdade só me fudia à noite. Durante mais de uma semana eu acordava fudido no meio da noite. Toda noite era assim... fudido. Por sorte naquela época eu dormia sozinho, o q me dava a certeza q era um problema de saúde e nao um problema de pregas.
Procurei meu pediátra, ele deu uma opiniao vaga e pediu uns exames, nada. Fui ao ortopedista da família, ele pediu uns exames, nada. Não lembro ao certo, mas ao todo fui à oito médicos de especialidades diferentes. Do pediátra ao gastro todos pediram exames, nada. O urologista ainda me mandou a sábia pérola ao saber q eu tinha um pediátra: "Vc já tá na idade de arranjar um médico de gente grande." Eu melhorei, o q era? Ninguém sabe ao certo, mas provavelmente era algo entre uma virose (pediatra) e falta de fibras no organismo (gastro).
Os anos se passaram, eu me mudei pra Seattle, ainda durmo sozinho e apesar de hoje em dia encher a cara regularmente, tenho total noção q nunca acordei fudido.
E assim acabaria a história, se nao fosse um gancho típico daquelas continuações de filmes caça-níquel americano voltados para a juventude retardada comedora de M&M.
- Q tal se a dor voltasse?
- Muito óbvio
- Poderiamos matar o pediatra?
- Provavelmente ele já está sob a ajuda de aparelhos
- Vamos dizer q o plano de saúde nao cobriu os 8 médicos?
- Ninguém se interessa por histórias dramáticas
- Inventamos um rockstar brocha e o colocamos na história sem mais nem menos!
- EXCELENTE IDEIA!!
Assim, por força de um roteiro non sense do destino, Joao Brasil foi acrescentado a minha vida.
Eu q já andava perdido pelo mundo e sempre buscando referências musicais aqui e ali descobri o novo rei do pop, com clássicos instantâneos fui fisgado pela sua irreverência e acabei distribuindo links de seu myspace pelas ruas em q passava.
Numa dessas audições públicas minha mãe em visita à Seattle ouviu, riu, digeriu e assimilou o nome da criança. Meses depois durante uma visita à casa de amigas, enquanto batia papo, tomava um chá e falava as mais baixas putarias (típico de uma conversa entre mulheres), não só o nome de João Brasil veio a público, como o nome de seu pai o acompanhou. Seu pai, calhava assim de ser o mesmo urologista q me atendeu anos atrás enquanto eu acordava fudido toda noite.
Uma sensação horrível me corrói desde então. João Brasil, q até entao para mim era um ser inatingível, um rei do pop visto apenas através das janelas da MTV. Se tornou de uma hora pra outra algo tao real, mas tao real q até seu pai já viu minha pica! E se não fosse o bastante, ainda tenho q conviver com a idéia de q nossos pais se conhecem intimamente, afinal, meu pai é seu cliente há anos (sem trocadilho por favor).
4 comments:
Ótimo texto! João Brasil, hein? Não conhecia a figura...
Minha mãe mandou eu ler o seu blog... ela disse assim:
- Fernanda, acho que estou ficando burra; ou o Rodrigo deve estar maluco. Eu não entendo nada que ele escreve.
Então vim conferir... levando o número de palavrões do texto, já era de se esperar que minha mãe não entendesse mesmo, mas ainda assim concordo que tem um "Q" de loucura também.
Bom, eu como ex namorada que passou quase 5 anos do seu lado, não sabia de toda essa história de se fuder, de acordar fudido... e além do mais, não imaginava que você poderia ser capaz de escrever um texto assim... com palavras tão baixas.
Antigamente quando eu falava alguma dessas palavras, você virava pra mim e dizia:"Olha a boca, menina!!" e depois ria.
É... o mundo tá zuado!!
Beijos
Hermano... não sei o que você está comendo aí em Seattle... mas manda aí para gente!!!
Abração!
Ps: Aproveita que vc é quase um "membro" da família e leva ele para cantar em Seattle...
Hahahahaha! Passei mal com seu texto Hermann! Eu e meu pai estamos te mandando um duplo beijo heterosexual.
Muito bom! Quando vier para o Rio dê um toque (não retal). Abração.
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