Tuesday, October 2, 2007

Música é que nem bala

Esse blog nunca foi sobre coisa nenhuma, sendo assim me reservo no direito de falar sobre tudo. Como todo mundo só faz comentar o lançamento do novo álbum do Radiohead, eu resolvi dar meu pitaco por aqui.

Cheguei a conclusão simples do título: música é que nem bala.

Tem bala boa e bala ruim. A grande maioria gosta de frumelo, mas sempre tem uns alternativos q preferem aquela de canela ardida. Tem bala que gruda no dente, as que descem sem esforço e as que são amargas de doer. Enfim, música é que nem bala.

Pensando cá com os meus botões comecei a perceber que a relação é muito mais ampla do que parece. Propaganda, embalagem, opiniões tudo vale pra se conhecer uma bala, mas vc só sabe mesmo se ela presta quando resolve experimentar. Música é ou não é igual?

Raramente vc compra no baleiro da esquina a bala da embalagem mais bonita. Normalmente vc compra aquela q já conhece e sabe que gosta, ou pelo menos compra uma com o sabor de sua preferência. Música é ou não é igual?

E como vc conhece uma bala? Seu amigo te oferece, vc aceita, ele te passa a bala, vc come a bala de graça e pronto. Se gostou pode ser que vc compre, ou então fique apenas pegando balas dos amigos. Música é ou não é igual?

Agora imagina que ridículo seria se os baleiros resolvessem que os amigos não podem mais trocar balas entre si. Que vc pode comprar a bala, mas ela só pode ser mastigada em casa. Que a bala é sua, mas vc não pode dividir com os amigos ou com quem quer que seja. Pois é, tem gente que acha que a música deve funcionar assim, ainda bem que isso parece estar mudando.

Lá pelo final do século passado um sujeito resolveu trocar músicas com os amigos pela internet, foi um sucesso e em pouco tempo todo mundo tava fazendo igual. As gravadoras ficaram com medo e começaram a bolar mil idéias pra evitar que isso ocorresse. Coitadas, por pura ignorância do poder, elas se acharam as rainhas da cocada preta e esqueceram que são apenas atravessadoras de mercadoria. Criaram uma péssima imagem com o público, continuaram explorando o artista, e em pouco tempo o fornecedor e o consumidor passaram a odiar o atravessador.

Era só uma questão de tempo pra uma grande banda virar pra gravadora e dizer em alto e bom som: "so long and thanks for all the fish". O Radiohead saiu na frente e fez mais esse favor à música. Ao invés de brigar com sua legião de fãs, resolveu entrar num acordo bom para ambas as partes e péssimo pro atravessador. O novo álbum vem aí (10/10) e cada um paga quanto quer e pronto. Restrições quanto à sua distribuição? Nem pensar, a música é sua e vc faz o que bem quiser com ela.

E agora o que acontece? Se o Radiohead for bem sucedido e ganhar rios de dinheiro com essa iniciativa, eu fico me perguntando se ainda haverá motivo das grandes bandas manterem um contrato com as gravadoras. E sem as grandes bandas, as gravadoras vão fazer o que?

Talvez devessem atuar como incubadoras, daquelas que desenvolvem um artista, dão toda a infra-estrutura necessária, mas sabem que mais cedo ou mais tarde esse artista vai conseguir andar com as próprias pernas, e aí... aí é hora de começar de novo.

Voltando às balas, hoje em dia a fábrica famosa e o consumidor não precisam do baleiro, existe um serviço à domicílio muito mais eficiente. Cabe agora ao baleiro sair atrás de balas boas mas ainda desconhecidas do público. Talvez o baleiro nunca mais consiga ter tanto dinheiro como antigamente, mas certamente será capaz de sobreviver, e ainda fará seu filme com as criancinhas do bairro.

PS: já anda rolando uma história q haverá uma versao do álbum nos moldes convencionais, mas essa nao chegaria antes de 2008 e, ainda não se sabe qual gravadora assumirá o risco.

Sunday, September 30, 2007

First Year

Sim. Hoje fez um ano q estou aqui.
Passa rápido né? Quando vê já foi.
E? Não sei, talvez comece a pensar nisso daqui a pouco.

Arctic Monkeys

E de novo os macacos do ártico destruíram tudo q tinha pela frente. Dentro do Paramount tocaram todas as músicas dos dois álbuns e ainda meteram uma nova. O público fugiu do padrão dançando e cantando como loucos.
Cheguei à conclusão q a nova geração de Seattle é consideravelmente mais animada do q a geração atual. Não é a primeira vez q a turma nova dá de dez nos idosos de 30. Só espero q não sofram de envelhecimento precoce.

O vídeo são 10 minutos frenéticos. Still Take You Home, Fake Tales of San Francisco, Fluorescent Adoledscent, e A Certain Romance, tudo aí a um clique de distância.

Friday, September 28, 2007

Arcade Fire

Não tem muito o q falar.
Gossip abriu e por mais q a Beth Ditto se esgoelasse, nao conseguiu levantar a platéia fria de Seattle.
Lcd Soundsystem veio logo em seguida, pegou um publico maior, mas a acústica terrível do Bank of America Arena piorou bastante a apresentação.
Finalmente apareceu o Arcade Fire, e mostrou novamente que é um absurdo no palco. Meu comentário é o mesmo q eu fiz nos tempos do Coachella: "Primeiro lançam um CD excelente, depois lançam um outro CD melhor q o primeiro, depois me manda um show desse na cara... isso é sacanagem pra qq mortal."

O vídeo tenta mas nao chega nem perto


PS: O show do Gossip começou 15 minutos antes, venderam em pé e colocaram mais da metade sentado, não tinha cerveja à venda, etc. Enfim, tudo na mais absoluta normalidade tosca da América.

Wednesday, September 26, 2007

Wii!!

Depois de sumir das prateleiras por quase um ano e ser até roubado pelo correio, finalmente o bichinho deu o ar das graças lá em casa.

Mii
Meu Mii do Wii

ps: coincidencia ou não ele chegou no mesmo dia q o Master Chief invadia a casa de todo mundo

Sunday, September 23, 2007

Lonely Three Friends - Passeio a dois

Domingo de sol, mas o frio do lado de fora e a inércia de Adam e Jorge impossibilitam qualquer ação q não seja pedir um café e sorrir pra garçonete de olhos caribenhos.

- Peraí Adam, explica direito essa história
- Caro Jorge, com calma e nos detalhes, até porque merece. Estava eu na última quinta rodando pelo Pike Market, tentando me acertar na conversão de 200g de presunto por não sei quantos pounds de ham, quando fui abordado por um sujeito deveras simpático. Ele veio dizendo q o presunto da barraca do chinês era melhor q o presunto do tailandês e, como pra mim chinês e tailandês é tudo japonês eu me vi numa conversa meio sem sentido.
- Tá me dizendo q não consegue diferenciar chinês, japonês e tailandês?
- Tô, pra mim são como as bandas EMO, nada contra mas são todas iguais.
- Japonês e chinês até dá, mas tailandês e vietnamita é complicado pacas.
- Bom, independente. O fato é q o cara me chamou pra barraca de presunto do tailandês e na hora eu comecei a achar estranho. Gente boa o cara, mas o cachecol verde limão amarrado no pescoço, e o excesso de gestos me deu a impressão q a idéia dele era acabar com uma tábua de frios e um vinho Bordeux em plena Space Needle.
- Compraste o presunto do china e voltou pra casa?
- Se tivesse feito isso o Ricardo estaria aqui sentado com a gente.
- Hein?
- Dei um pouco de prosseguimento na conversa, comecei a falar sobre o modo frio e "boring" de Seattle, falei q era dificil de se fazer amigos por aqui, e por aí vai. Ele concordou e quis marcar de sair um dia desses. Eu topei na hora, e passei meu nome pro cara, quer dizer, passei o nome e o telefone do Ricardo. A idéia era só dar uma sacaneada no cara, mas como ele não apareceu até agora e o celular tá fora de área, tô achando q rolou.

Horas depois, com o tempo já nublado e a cafeína já bem acima da cota diária, finalmente o foco da conversa aparece. Ricardo entra, pega o Seattle Weekly, pede um expresso duplo, senta, abre o jornal numa página qualquer, e de cabeça baixa resmunga:
- Ninguém merece a noite passada.
- Ok, todo mundo já sabe q ontem rolou um blind date, então conta logo q a gente tá numa angústia absurda
- Como diabos eu ia imaginar? Eu tô saindo do trabalho, pensando em tomar uma cerveja, ligo pra vcs e ninguém responde.
- Eu chapei
- E o meu celular morreu
- Bom, eu tava na pilha de uma cerveja, faltava companhia, daí do nada toca um número estranho no meu telefone. Atendi e era um cara gente boa pacas dizendo q tinha me conhecido numa banca de presunto de um coreano
- Chinês
- Hein?
- A banca era de um chinês
- Foi vc entao fdp?
- Preciso confessar aqui ou já tá meio óbvio? Continua a história meu filho.
- Desgraçado, sabia q tinha um de vcs no meio, mas beleza Não tava entendendo nada e até expliquei q houve algum um engano, mas o fato é q o cara tinha um papo interessante, e como eu topo qualquer coisa pra aumentar minha rede de contatos eu acabei topando. Nos encontramos num bar excelente lá em Capitol Hill, um tal de Cha Cha, uma iluminação meio red light district, bem descontraído. Bebemos durante todo o happy-hour e qd a cerveja subiu de preço a fome já batia. Ele sugeriu irmos jantar na Space Needle, o otário aqui com 4 cervejas na cabeça foi.
- Jantar a dois na Space Needle, nada mal pra um primeiro encontro. Ele pagou a conta?
- Você não tem noção. Sabe aquela história q se sentar na frente de alguém vc fica longe pra um approach e do lado fica muito na cara? Pois então, o cara sentou na minha diagonal com a desculpa de q queria ver melhor a vista. Sentou, pediu uma tábua de frios e um Bordeaux. O cara era gente boa e tudo ia bem até a hora q...
- Ele meteu a mao na sua perna?
- Não, pior! Quer dizer, sei lá se é pior. Tudo ia bem até a hora q a mulher dele apareceu?
- Mulher? O cara era casado?
- Pelo visto sim. Só sei q a mulher chegou dando um escândulo, dizendo q já sabia q ele atirava pros dois lados, q estava tudo acabado entre eles e q ele poderia ficar com o viadinho latino q ele quisesse. Porra! Eu me senti um lixo!! Eu sendo confundido com um viadinho latino em pleno cartão postal de Seattle! Me senti um marido traído pq o cara em nenhum momento falou q era casado. Depois senti meu filme se jogando sem para-quedas lá de cima. Fiquei imaginando o Seattle Times de hoje com a manchete: "Mulher dá flagrante em marido bi na Space Needle"
- E saiu no jornal?
- Comprei o Seattle Times e o PI e graças a Deus parece q a minha imagem só foi abalada lá mesmo.
- E no final das contas? Saiu de lá como?
- A mulher deu um piti, ele tentando se explicar e eu dizendo pra ela q não era nada daquilo q ela estava pensando. Fomos obviamente convidados a se retirar do restaurante, pegamos o elevador de volta e, vou te dizer... a Space Needle é alta pra caralho. Ô elevador demorado aquele. O cara ainda quis me dar uma carona, mas aí eu falei q tava legal e q preferia voltar a pé pra casa pensando na vida. No meio do caminho parei num bar, pedi um Black Label e chorei.
- Chorou?
- Sim, chorei, e não tenho vergonha de dizer. O dia q vc passar por uma situação dessa vc vai entender.
- É... o dia q eu notar uma situação dessa surgindo pode ficar tranquilo, eu passo seu nome e telefone.

Tuesday, September 18, 2007

Alienado

Todo esse tempo longe do Brasil está definitivamente me fazendo mal. Eu q sempre fui uma pessoa com um pé ligado na cultura estou percebendo q cada dia eu fico mais alienado.

Eu até consigo acompanhar alguns fatos do q anda rolando pelo Brasil, eu sei por exemplo a escalação do Tim Festival, q o Los Hermanos acabou e q a Sandy vai ficar sem o Junior, q o Tropa de Elite vazou e todo mundo viu, q o Festival do Rio vem aí, enfim, eu consigo acompanhar um bom pedaço... meu problema mesmo são as notícias do dia a dia.

Imagina minha desolação ao me tocar q eu não faço a menor idéia de quem diabos matou a Taís!

PS: Vc não sabe quem é Taís? puts, tá pior q eu.
PS2: Cadê a Malu Mader? Onde já se viu novela do Gilberto Braga sem a Malu!

Saturday, September 15, 2007

Era uma vez um pão de forma e um pote de provolone...

O pão sempre viveu cercado de fatias e talvez por só conviver com pães como ele ficou meio avesso a novos amigos, quando muito se misturava com geléias e cream cheeses, o problema é q logo após disso acabava digerido pelo maléfico estômago.

O pote de provolone por outro lado era mais chegado a se espalhar por aí, com seu formato cilíndrico, alto e de tampa verde perfurada chamava atenção por onde passava. Comprado em tamanho família por um sujeito q morava sozinho era sem dúvida o veterano da geladeira.

E todo final de semana é quase sempre a mesma coisa, pote e pão se espremem dando espaço às convidadas. Aquelas cervejas long neck são como turistas japonesas, sempre chegam em packs de 6 ou 12, se amontoam na geladeira, às vezes fazem uma visita relâmpago ao congelador e em poucas horas se despedem, dando antes uma passadinha pelo banheiro. Aquele corpo esbelto com rótulo gracioso não esconde seu sabor amargo e perigoso, desvirtuam a mente de seus clientes e sempre deixam um gosto de nunca mais no day after. Elas sabem q são apenas uma diversao barata e de fácil degustação. Vinicius costumava dizer q o uisque é o cachorro na garrafa, eu diria q as cervejas nada mais são que camélias engarrafadas.

Na foto o pão de forma se sentindo coagido enquanto o pote de provolone anda feliz da vida com suas amizades descartáveis.

PS: Quem deu a idéia foi a Sil

Thursday, September 13, 2007

day-off

Cheguei a conclusão q o trabalho é inversamente proporcional às atualizações desse espaço, ou seja, isso aqui tende a ficar vazio se eu começo a trabalhar demais.

Como prioridade é tudo nessa vida, amanhã ficarei em casa.

Saturday, September 8, 2007

Marketing agressivo


"Pau pra toda obra"
"Entretenimento puro"
"Realidade nua e crua"
"Essa rede tem culhão"
"Mostrando a realidade por mais dura q ela seja"
"Se enfiando nos buracos em busca das melhores notícias"

Wednesday, September 5, 2007

Labirintos da vida

Tudo começou quando eu era criança, mimado q sou, meu pediátra vinha à minha casa resolver meus problemas infantis (catapora, coqueluche e viadagens em geral). Fui crescendo e os antigos hábitos apenas se fortaleceram. O fato dele ter 103 anos, ter dado aulas pra sua mãe e ter um prédio da UFRJ com seu nome me dava confiança, ao invés da idéia correta de q se ter o mesmo pediatra por mais de 20 anos é a mesma coisa q ter aos 30 uma Monark aro 16 com rodinhas.

Um dia eu me fudi. Mas me fudi mesmo. Na verdade só me fudia à noite. Durante mais de uma semana eu acordava fudido no meio da noite. Toda noite era assim... fudido. Por sorte naquela época eu dormia sozinho, o q me dava a certeza q era um problema de saúde e nao um problema de pregas.

Procurei meu pediátra, ele deu uma opiniao vaga e pediu uns exames, nada. Fui ao ortopedista da família, ele pediu uns exames, nada. Não lembro ao certo, mas ao todo fui à oito médicos de especialidades diferentes. Do pediátra ao gastro todos pediram exames, nada. O urologista ainda me mandou a sábia pérola ao saber q eu tinha um pediátra: "Vc já tá na idade de arranjar um médico de gente grande." Eu melhorei, o q era? Ninguém sabe ao certo, mas provavelmente era algo entre uma virose (pediatra) e falta de fibras no organismo (gastro).

Os anos se passaram, eu me mudei pra Seattle, ainda durmo sozinho e apesar de hoje em dia encher a cara regularmente, tenho total noção q nunca acordei fudido.

E assim acabaria a história, se nao fosse um gancho típico daquelas continuações de filmes caça-níquel americano voltados para a juventude retardada comedora de M&M.

- Q tal se a dor voltasse?
- Muito óbvio

- Poderiamos matar o pediatra?
- Provavelmente ele já está sob a ajuda de aparelhos

- Vamos dizer q o plano de saúde nao cobriu os 8 médicos?
- Ninguém se interessa por histórias dramáticas

- Inventamos um rockstar brocha e o colocamos na história sem mais nem menos!
- EXCELENTE IDEIA!!

Assim, por força de um roteiro non sense do destino, Joao Brasil foi acrescentado a minha vida.

Eu q já andava perdido pelo mundo e sempre buscando referências musicais aqui e ali descobri o novo rei do pop, com clássicos instantâneos fui fisgado pela sua irreverência e acabei distribuindo links de seu myspace pelas ruas em q passava.

Numa dessas audições públicas minha mãe em visita à Seattle ouviu, riu, digeriu e assimilou o nome da criança. Meses depois durante uma visita à casa de amigas, enquanto batia papo, tomava um chá e falava as mais baixas putarias (típico de uma conversa entre mulheres), não só o nome de João Brasil veio a público, como o nome de seu pai o acompanhou. Seu pai, calhava assim de ser o mesmo urologista q me atendeu anos atrás enquanto eu acordava fudido toda noite.

Uma sensação horrível me corrói desde então. João Brasil, q até entao para mim era um ser inatingível, um rei do pop visto apenas através das janelas da MTV. Se tornou de uma hora pra outra algo tao real, mas tao real q até seu pai já viu minha pica! E se não fosse o bastante, ainda tenho q conviver com a idéia de q nossos pais se conhecem intimamente, afinal, meu pai é seu cliente há anos (sem trocadilho por favor).

Monday, September 3, 2007

Bumbershoot Festival

Voltando pros posts de cunho cultural sobre música estranha pra maioria e de bom gosto pros informados, esse final de semana tava rolando há 3 quadras da minha casa o Bumbershoot Music Festival. O Flickr tem umas 50 fotos, o YouTube tem vários vídeos e logo aqui debaixo tem os mais interessantes.

The Shins mandando um Floyd


Pharmacy mandando um Beatles


Devendra Benhart


o roteiro básico do festival foi:
Sabado:
- The Shins: bem bom, mas é calminho demais pra festival
- The Lashes: vale a pena ouvir, e o vocalista é sensacional
- The Pharmacy: abrindo o show com Eleanor Rigby foi sem dúvida o melhor momento, mas é legal vai.
- Gogol Bordello: FODA, melhor show do festival, os caras conseguiram finalmente descruzar o braço do povo de Seattle, e um bis interminável... graças a Deus.

Domingo:
- Kings of Leon: mostraram q o show do Coachella foi excessão, eles realmente (apesar de serem excelentes) nao seguram a onda no palco
- Apples in Stereo: música pra deixar as pessoas felizes, mas nem assim o povinho de Seattle tirou o pé do chão.
- Art Brut: um exemplo de presença de palco. perdeu pro Gogol por pouco, muito pouco
- Andrew Bird: é bom, mas pra ouvir em casa, no show eu saí antes da metade
- Devendra Benhart: começou devagar mas depois engrenou e acabou muitissimo bem.

Segunda:
- Nada demais na programação, fiquei aqui uploadiando tudo

O dia só acaba quando a noite termina

Sol na cidade // Festival de música durante todo o dia // Dj tocando um funk atrás do outro e sendo expulso por nao desligar o som // After-hours a fantasia
Seattle tem um certo potencial ainda pouco explorado

Sunday, September 2, 2007

Um dia como outro qualquer

O texto abaixo nao é meu, mas acho q é fácil saber quem me mandou.
Teve gente aqui em casa q achou melhor deixar quieto pra não se expor, mas eu liguei o foda-se e taquei no ventilador.

"
Quarto já não tão escuro. Celular apitando. É o que significa: hora de acordar. Rodrigo sabe muito bem disso, mas vale a pena enrolar um pouco debaixo da coberta. Não só por causa do frio de Seattle, mas por causa do barulho da chuva fina que caía naquela manhã. Dá uns dez minutos na cama, pensa no dia que terá pela frente, no outro que se passou e resolve levantar. Com o pé direito. Não que ele fosse supersticioso, mas mal não iria fazer.

Hermann também acorda. Só que antes de abrir os olhos, torce com vontade para que seja sexta-feira. Sempre faz isso, religiosamente, e se acha o cara mais sortudo do mundo quando funciona. No entanto, infelizmente, aquele não era um desses dias abençoados e ele se vê obrigado a levantar. Trabalho. Aquilo que dizem enobrecer o homem. Dizem... Hermann jura que ainda consegue provar para a humanidade que outras coisas podem ser muito mais divertidas e terem o mesmo efeito.

Rodrigo faz tudo com calma, antes de sair. Toma um café da manhã caprichado, lê algumas notícias na internet e ainda manda um breve e-mail pessoal. Checa se tem alguma conta para pagar, pega os papéis em cima da mesa e se veste. Escolhe uma blusa branca, sem muitos detalhes, mas bonita por ser simples. Pega a carteira, a chave do carro e parte para a Microsoft, onde trabalha.

Hermann se arrasta pela casa, com uma preguiça que só ele sabe. Banho de manhã? Nem pensar! Nada de tirá-lo daquele estado de inércia prazeroso. Toma um copo de leite, só pra não dizer que não comeu nada de manhã. Escolhe uma blusa colorida, coloca seu relógio vermelho, pega o Ipod, chave do carro e sai de casa. Opa! A carteira! Dá um desconto, vai... O dia ainda nem amanheceu.

Carro, trânsito, trajeto. No som: nada. Os pensamentos de Rodrigo estão tão altos que ele nem repara a falta de música. Trabalho, velhos amigos, novos amigos, decisões, EUA, Brasil...

Carro, trânsito, trajeto. No som e bem alto: “Favourite Worst Nightmare”, CD dos Arctic Monkeys. Aliás, está chegando o dia do show deles!

Rodrigo entra na sala com um “bom dia” para o chinês que já digitava freneticamente. Não em chinês, lógico. O inglês pode quebrar o galho nessas horas para que o mínimo de diálogo seja estabelecido entre colegas de trabalho. Quer dizer, em outros casos o resultado costuma ser melhor. O chinês não é muito de papo e o assunto morre logo após o “bom dia”. Como vê que dali nada vai sair, resolve ligar o computador para ler os e-mails do dia. Fato: terão várias reuniões marcadas, algumas atualizações que ele precisa acompanhar e dados importantes a serem conferidos.

Hermann mal chega à sua sala e se joga na cadeira. Em um primeiro movimento, vai para a frente e encosta a cabeça na mesa. Fica por um tempo em silêncio, embora o pensamento não pare: “Que raios estou fazendo aqui? Neste país e nesta sala!”. Já em um segundo momento, aproveita a mobilidade da cadeira e se joga pra trás. Novamente silêncio. Dá então um suspiro comprido e resolve levantar para pegar uma coca. Chega de sono! Hora de acordar. Veja bem, coca-cola, não café. Para despertar, é melhor apostar em um produto que os americanos sabem, realmente, fazer. Café, com certeza, é que não é.

Trabalho, computador, bug, computador, trabalho, bug, computador, trabalho...

MSN, trabalho, MSN, trabalho, MSN, música, MSN, música, MSN, MSN,... bug, bug, BUG! É melhor dar uma volta pela empresa para espairecer e clarear as idéias. Nesse meio tempo, passa pela porta da sala de Rodrigo. Pára um pouco, estica o olho e vê o cara resolvendo todos os pepinos que aparecem. “Que empolgação! Será que um dia eu fico assim?”. Fica ali um tempo sem ser notado admirando um trabalho bem feito e depois sai para pegar outra coca.

Rodrigo almoça sempre em um lugar perto da Microsoft. Sabe como é, não dá pra perder tempo comendo com tanto trabalho o esperando. Além do mais, é por isso que está longe do Brasil e das pessoas que gosta. Opções escolhidas na vida... Ele não esquece seu país, muito pelo contrário. Morre de saudades! Não há um dia que não pense nisso. Ainda mais por conta dos amigos. Nos EUA não encontrou ninguém como a galera do Rio. Ah! Mas não dá para ficar comparando. Ele tinha que parar com essa mania. Se ele pretende ter sua independência e levar uma vida mais segura, podendo parar em um sinal de trânsito tranquilamente, por exemplo, precisa abrir mão de certas coisas. No Rio de Janeiro não dá para ser assim... Prioridades.

Hermann custa a sair para comer. Espera por um, espera por outro e só se dá por satisfeito quando consegue arrumar um grupo de amigos considerável para almoçar. Enrola, conversa, ri das histórias dos outros, conta as suas e se esquece da hora. Até que um dos caras lembra: “Vem cá, não é hoje que começa, na internet, a venda de ingressos para aquele show?”. Putz... Hora de voltar para o trabalho. E rápido!

Rodrigo volta para o trabalho, mas na fila para pagar sua refeição repara em um grupo animado que ainda almoça. Reconhece Hermann, um brasileiro que fica perto de sua sala na Microsoft. “Tem horas que eu queria relaxar dessa forma. Esse cara é feliz aqui. Sempre saindo, sempre inventando alguma moda. Taí! Será que um dia eu fico assim?”. Pensamento interrompido pela moça do caixa. “What can I do for you?”.

Antes de comprar o ingresso para o tal show, Hermann manda e-mail para todos na MS! “Quem anima me acompanhar nessa?”. Aí começa aquele processo de sempre. Mostrar quem são os caras da banda, o que eles tocam, por que vale a pena assistir o show... Ufa! Consegue, pelo menos, três perdidos empolgados. Missão cumprida! Hora de comprar os ingressos. “Ixi... bug!! Ah, ele que espere um pouquinho”. Compra feita.

Rodrigo sai tarde do trabalho. Dia movimentado, cheio de reuniões e problemas. Só que antes de ir para casa precisa passar no supermercado. Vai fazer aquela janta para ele. Está ficando craque na cozinha com essa coisa de morar sozinho. E até gosta desse momento Olivier Anquier.

Hermann sai tarde do trabalho. Resolveu fazer uma hora para ir direto para o cinema. Está passando um filme que há tempos está querendo ver. Enquanto isso, conversa no MSN com algumas pessoas que estão no Brasil. Às vezes até pede pra alguém ligar para que possa ouvir a voz e assim ficar mais próximo daquele povo. Voz é outra coisa, né? Dá até para esquecer por alguns minutos que ele está nos Estados Unidos. Caraca! Hora da sessão! Go GO GO.

Rodrigo sai com tantos papéis na mão que nem olha por onde anda.

Hermann sai tão voado que nem olha por onde anda.

E nesse ritmo, Hermann acaba esbarrando em Rodrigo. Vai entender essas coincidências da vida... Talvez os dois precisassem se encontrar... Enfim, papel por todos os lados!

“Desculpa, desculpa”, diz Hermann. “Esse negócio de sair atrasado dá nisso”.

“Relaxa, cara... Essas coisas acontecem...”, diz Rodrigo até rindo um pouco da situação.

Os dois saem catando a papelada no chão.

“Aliás, eu to indo ao cinema! Não anima, não? Dizem que esse filme é bom demais!”.

“Cinema é uma boa! Mas cara, agora complica... Ainda vou fazer compra no supermercado. Vou aproveitar que agora é mais tranqüilo”.

“Ai, nem me fale... Eu só tô enrolando pra fazer isso! Não quer fazer a compra pra mim também, não?“.

“Só se você vir o filme por mim!”.

“Fechado!”.

E os dois morrem de rir.

“Bom, tenho que ir. O filme já está pra começar”, afirma Hermann já se despedindo.

“Vai na boa, cara! Um dia a gente ainda combina de sair juntos pra tomar uma cerveja!”.

“Eita! Você gosta? Impressionante!”

“A vida não é só feita de trabalho... Eu tenho essa noção”.

“É... Na verdade, ninguém sabe, realmente, o que se passa dentro da gente, né?”, afirma Hermann.

“Ô!”

“A conversa tá boa, mas agora vou! Bom falar contigo”.

“Eu digo o mesmo! Quando for passear pela Microsoft, vê se passa lá na sala. Eu posso parar pra gente conversar um pouco”.

“Um pouco, né?”, e sorri.

“Já é alguma coisa!!”, e retribui o sorriso.

“Até mais então, Rodrigo!”.

“Falô Hermann!”.

E cada um vai para um lado. Rodrigo ainda olha pra trás e pensa “Gente boa esse cara”.

Hermann ainda corre pra não perder a sessão, mas promete pra si mesmo “Vou passar ainda na sala desse cara”.

Vida que segue...
"

Tuesday, August 28, 2007

O boi

Era uma vez um pé chamado Zé e uma cabeça chamada Ameixa.
Ameixa e Zé eram muito tímidos, fez-se assim uma história sem pé nem cabeça.
Pior q a ameixa além de cabeça é fruta, fruta q o João adora,
mas como nessa terra tudo da processo e o João só gosta de ameixa,
no final da história o João vai acabar morrendo de fome... tadinho.
FIM

Monday, August 27, 2007

Lonely Three Friends - É doce pra tip

Inicio de outono, um período de transição em q as folhas amarelam, o tempo esfria e a chuva se torna uma constante. Independente disso tudo Adam, Jorge e Ricardo continuam estirados no café como nos ultimos 142 finais de semana.

A conversa durante as últimas duas horas seguia mantendo um ciclo vicioso: aquecimento global, globo ecologia, programas falidos, atrizes falidas, atrizes falidas e velhas, atrizes falidas velhas mas ainda gostosas, atrizes falidas porem não tao velhas e portanto mais gostosas, carla camurati, claudia ohana, mata atlantica, aquecimento global, globo ecologia... Foi preciso q a nova garçonete do café aparecesse oferecendo seus serviços para q o foco fosse trocado.

A menina se aproxima com uma desenvoltura de fazer inveja à qualquer Fernanda Lima, cabelos tingidos de vermelho, dois piercings cruzando sua face maquiada do número exato de sardas e olhos q remetem as águas do Caribe. A conversa para, ela pergunta se estão todos bem, e a resposta é simultânea:
- ahhãããããã
Ela sorri e vai embora deixando um sorriso no ar e uma esperança no coração dos meninos.
- PUTA QUE O PARIU!
- CARALHO!
- VÁ-TE À MERDA!
- De verdade, onde é q eu acho uma garçonete dessas lá pra casa?
- Acho q vou abrir um bar só pra poder anunciar nos classificados: "Procura-se garçonetes de boa aparência, favor enviar currículo com foto de corpo inteiro" Sabe como é né, aqui tem várias bonitinhas de cara e péssimas de corpo.
- Essa merece 25% de gorjeta no mínimo!

Adam resolve dar uma do contra:
- Calma lá! Dar mais gorjeta porque a garota é uma gracinha?
- Lógico! A gente dá gorjeta pra quem merece, ela não fez nada demais, mas só o fato de chegar aqui mais perto já vale o bônus. Se vier de novo periga eu subir pra 30%
- Adam, na boa. A garota veio aqui, animou o nosso dia e vc tá dizendo q ela nao fez nada?
- Os senhores poderiam fazer o favor de pensar com a cabeça certa! Ela sabe do potencial q tem, sabe muito bem q basta se reclinar um pouco e olhar nos nossos olhos q a gente fica em estado de choque. Ela tá é apelando pra conseguir gorjeta.

- Caceta Adam, vc tem problema, ontem na boate foi a mesma coisa. A garçonete, linda, chegou pra vc, disse q lhe daria um drinque se vc dançasse com as gordinhas q estavam atras de vc, vc dançou, ela lhe trouxe a tequila mais cara da casa, lhe mandou um beijo e vc virou pra gente e disse q ela tava se aproveitando de vc atras de uma gorjeta maior
- E aquela vez q a menina ajoelhou do seu lado, disse q o prato q vc tinha escolhido era uma delícia e ainda disse q a receita que tinha em casa era pra duas pessoas!
- Senhores... não adianta... simplesmente eu não acredito em garçonetes.

- Vc é doido, fica aí sempre reclamando q não tem mulher, q sao todas umas falsas, q ninguém presta e tal. E daí porra? Foda-se q ela tá se aproveitando de vc, deixa a ética de lado e faça o mesmo?
- É por aí mesmo, vc de nós três é o único q não pode reclamar, as mulheres estão sempre no seu pé e vc tá sempre dizendo q não prestam, q não valia a pena, q isso ou q aquilo. Porra, vá te a merda!! Eu vou dar 50% de gorjeta pra garota pq hoje é a única coisa q tá valendo a pena nesse café.

Com o nível da conversa pesado eles pediram a conta e, com o mesmo andar malemolente ela veio, reclinou, falou um thank you very much de biquinho e saiu dando uma piscada de olho enquanto soltava um see you next time. Abriram a conta e o total vinha acompanhado de coraçõeszinhos.

Adam não deu trégua:
- Tá vendo, depois diz q dá pra confiar em garçonete. Vcs ficam aí com cara de tacho todos apaixonados enquanto ela manda coraçãozinho pra todos os clientes desse café. Será q vcs não percebem q isso tudo é só papo de vendedor! Vcs por um acaso conhecem algum casal de namorados q começou assim? Não rola, é tudo armação da garota pra conseguir uns trocados a mais. Puramente doce pra tip.
- Adam, meu caro, eu não estou aqui falando q esta garçonete está dando mole pra gente, as outras duas citadas anteriormente estavam, mas sua incompetência fica pra outra história. Só estou falando q ela deixou o meu dia mais bonito, eu por um momento vi um pedacinho de céu azul no meio de tanta nuvem cinza e poderia ser ainda melhor se vc nao ficasse aí dando piti e quase chamando a coitada da garota de prostituta de balcão.
- É Adam, pega leve, vc deve tá meio bolado com sua total falta de atitude com a menina de ontem e resolveu descontar nesse pobre anjo inocente.

Ricardo assinou seu cartão de crédito o decorando com várias estrelinhas. Jorge seguiu o mesmo exemplo desenhando corações seguidos de carinhas felizes. Adam relembrou a conversa q estavam tendo antes da intromissão da garçonete, saiu comentando a cena em q a Regina Casé corre nua em volta da piscina, enquanto q em sua conta os 15% padrões se misturavam com clássicos caralhinhos voadores. Antes ela fosse contínua.

Saturday, August 25, 2007

Tuesday, August 21, 2007

Wilco

Comentários no parque by Jeff Tweedy (Wilco)

"Who is an asshole?...
Bush is an asshole?...
well, grass is green"

"Oh, you got married on Sunday?
Well my boy, you have a long way to go...
...
I will play it, but not right now.
This is one thing you need to learn... be patient."

Sunday, August 19, 2007

Granite Mountain

De vez em quando dá uma doida e a gente sai subindo montanha. Tem gente q gosta, tem gente q odeia e tem gente q simplesmente vai. Como um mero representante da terceira categoria, eu acabei indo.

Foi bonito pra caceta e íngreme pra caralho.

PS: no Flickr tem as fotos

Friday, August 17, 2007

língua a dar com o pau

Aniversario de uma amiga de trabalho e a galera resolveu sair escrevendo Feliz Aniversário cada um na sua língua de origem, o resultado dá uma idéia da diversidade q é isso aqui.
PS: Como o câmera do celular nao presta eu tive q usar um Photoshop pesado pra ficar mais legível
PS2: Não apareceu nenhum americano pra escrever (english)

Saturday, August 11, 2007

Nova frente de trabalho

Na verdade é tudo desculpa e todo mundo sabe disso. Essa história da Microsoft ajudar no processo do green card nada mais é do q uma sábia tentativa de prover uma revolução sexual dentro da empresa.

Claro, lógico, óbvio, ridiculamente na cara e só não vê quem não quer. Lá pelos anos 60 inventaram a pípula e junto com ela veio toda uma liberdade sexual. Durante um bom tempo o mundo inteiro festejava por meio de sexo, drogas e rock'n roll enquanto um adolescente de Seattle ficava na sua garagem conversando com bits.

Como tudo q é bom dura pouco e Newton já falava q pra tudo há uma reação igual no sentido oposto, do sexo, drogas e rock'n roll vieram a aids, a overdose e o pagode. E o garoto nerd q preferiu ficar na garagem virou meu chefe.

Bill pode ser nerd, rico e brega, mas visão o cara tem. Depois de mudar o mundo adotando a cor azul como um indício de problema e doar rios de dinheiro para um mundo melhor, seu próximo passo parece mesmo ser revolucionar o meio corporativo atuando justamente no relacionamento entre os funcionarios.

Utilizando uma brecha do processo de green card, a Microsoft colocou boa parte dos empregados na fila, e com isso fez com q todos preenchessem mil e um documentos, no meio deles havia um exame médico, e no meio do exame médico havia um teste pra um tal de HIV. Como o deadline do processo era curto ela conseguiu q todos fizessem o teste praticamente ao mesmo tempo, e agora, todo mundo sabe se é ou não um hivfree, isto é, estamos livres (ainda q dentro da empresa) para comer quem quiser.

Claro q é preciso desenvolver na cabeça dos funcionários o conceito da reprodução. A newsletter semanal inaugurou a coluna correio do amor. Eventos outdoor estão sendo patrocinados como um pic-nic nas margens do lake washington, luau à espera da chuva de asteróides e camping nas montanhas. Em paralelo os funcionários mais urbanos também foram recompensados com twister nos corredores, gato mia nos laboratórios e drive-in nos estacionamentos.

Bill conseguiu com uma só cartada criar um ecossistema auto-sustentável de nerds como ele, e a consequencia é clara: novos casais dentro da empresa se formarão, novas crianças nascerão, e do mesmo jeito q filho de músico é músico, filho de nerd é nerd. Sim, é uma estratégia de longo prazo, mas Bill, q sempre foi um homem de visão, novamente enxergou antes de todo mundo, e agora além de desenvolver software, desenvolve nerds... recurso fundamental para o sustento de sua empresa.

PS: Deixando claro q esse post é 100% fictício e eu tô avisando isso pra nao correr o risco de perder meu emprego.

Monday, August 6, 2007

A cara do Brazil (o filme)

Às 7h o BB8810 toca e com o I-94 e o I-797 eu saio. Entro na I-5, saio na 171B pego a 522, viro na NE123 e na 33NE. No prédio o médico conclui o I-693. Voltando na I-5, saio na 168B, sigo na SR520, entro na NE40, viro na 163 e chego no 30. Copio o I-94, I-797, IR, W2 e 1990s, junto com o AOS e envio pra solucionar o I-485 enquanto eles resolvem o I-405.
Acho q nao haverá problema, afinal, o ETA9089 funcionou.

PS: Seria bem mais fácil se tudo tivesse nome de cerveja

Pontes por todos os lados

Cada país com seus problemas, enquanto o Brasil sofre com o colapso aéreo, os Estados Unidos enfrentam o descaso com a manutenção de suas pontes. Várias reportagens procuram deixar claro q há sérios problemas nessa área, e q talvez a ponte em Minesota tenha sido apenas a primeira a cair.

Aqui em Seattle a população começou a demonstrar uma grande preocupação com o assunto. Pra quem não sabe, Seattle é cercada de pontes por todo o lado, de cabeça eu listo seis(SR-520, I-90, Fremont Bridge, Aurora Bridge, West Seattle Bridge, First Ave Bridge), ou seja, junta as pontes com a paranóia americana e sente só no q dá.

Como aqui é uma grande cidade do interior, tudo acontece na pracinha com a barraquinha de hot-dog. Pois então, ontem na pracinha rolou o primeiro protesto em busca de melhores condições nas pontes. No protesto se viu de tudo: democratas pedindo a volta dos soldados para a recuperação das pontes, hippongas oferecendo travessias a canoa em troca de um abraço, e mega corporações como Starbucks e Macys oferecendo desconto para consumidores a menos uma ponte de distância.

Os políticos acostumados a utilizar helicópteros enviaram apenas uma carta à população dizendo: "Estamos cientes do problema e trabalhando em busca de uma solução q atenda os interesses de todos". Interessante é notar q a mesma carta foi enviada durante um protesto pedindo q o chafariz da pracinha fosse desligado após as 22 horas, o motivo seria o aumento de idas noturnas ao banheiro dos moradores próximos ao monumento.

Não pode-se negar q o transito (sempre caótico) melhorou consideravelmente, e dizem por aí q os jet skis voltaram à moda e estão sendo classificados como o novo meio de transporte de geeks descolados, ultrapassando até os até então insubstituíveis segways.

Claro q isso tudo é paranóia de americano e, eles só estão se mostrando preocupados porque ainda faltam dois meses para a nova temporada do American Idol.

Tuesday, July 31, 2007

Diário de um leonino

Eu como bom leonino nunca acreditei em astrologia, afinal, não faz o menor sentido achar q minha vida é fruto de um posicionamento de planetas enquanto tenho a certeza q foram as constelações q se posicionaram daquela forma por minha causa. Semana de aniversário e mais uma vez fica comprovado q a Terra pode ser redonda, mas ela gira num eixo determinado por mim.

O lançamento do meu projeto estava marcado para o fim de julho, resolveram dar uma adiada em um mês e pegar o final de julho, por que? Ora, assim após o projeto meus gerentes teriam uma desculpa perfeita para me liberarem na semana do meu aniversário. Enquanto inventavam desculpas aos outros dizendo q mereciam uma folga por terem feito um bom trabalho, me diziam q foi a única solução, pois eu tive o azar de ver meu aniversário cair numa quarta-feira (às vezes acontece). Atinjo assim a marca de 29 anos consecutivos declarando meu aniversario como um feriado pessoal.

Com a semana ganha resolvi fazer uma festa de aniversário no sábado anterior, algo como uma boa ação para liberar aqueles amigos q quisessem viajar (não posso estar com todos ao mesmo tempo e eles entendem). Claro q a cidade de Seattle não poderia deixar a data escapar e anuncinou a Torchlight Parade para o mesmo dia e horário da festa, passando na frente do salão de festa. 300 mil pessoas compareceram à parada enquanto somente poucos felizardos tiveram acesso a minha festa vip.

O Daft Punk q ano passado tentou me ver no Rio mas chegou com um mês de atraso, dessa vez se viu numa situação complicada. Teve q agendar seu primeiro show em Seattle para um domingo em vez de um sábado a fim de não conciliar o espetáculo com minha festa. Compareci ao evento organizado por eles e com mais sete mil pessoas comemorei meu nascimento.

Nem só a música fez seu papel, Hollywood também marcou presença estreiando Os Simpsons nesta semana sagrada, com medo de errar atiraram em outra área também estreiando o novo filme do Danny Boyle. Essa semana eu assisto um deles e os deixo mais contentes.

Na área jornalística o jornal Valor Econômico estampava uma reportagem em minha homenagem falando sobre os brasileiros na Microsoft. Eu pedi para não citarem meu nome e darem espaço aos outros, eles entenderam, mas nao resistiram e colocaram uma foto.

Ainda não sei o q farei durante o resto da semana, hoje sairei pra beber com os amigos mais chegados e amanhã talvez fique em casa um pouco cansado de tanto assédio.
É dura a vida de um leonino.

PS: uma pena q J.K. Rowling errou por uma semana a data do lançamento de seu livro, mas tudo bem, eu nem sou tão fã do bruxinho assim.

Monday, July 30, 2007

Daft Punk

Poderia falar q o vídeo já passa uma idéia boa do assunto e por isso não preciso falar nada sobre o show. Seria uma mentira absurda, o vídeo não transmite nem um décimo do q é o show, e o q eu falar aqui também não vai chegar aos pés do q aconteceu no último sábado.

O fato é q aqueles malditos robozinhos franceses conseguiram criar um espetáculo de luz e som incomparável, sem nada do mesmo nível por perto. Daqui há alguns anos quem sabe esse show será visto como um marco, e aqueles q foram terão toda a razão do mundo em se sentirem uns privilegiados.

Thursday, July 26, 2007

It's Summertime

Ahhhh o verão de Seattle =D
Ano após ano é a mesma coisa, durante as outras três estações todos falam q o verão em Seattle é algo maravilhoso: sol das 5 da manhã às 9:30 da noite; céu azul de ponta a ponta sem nenhuma nuvem no céu; bermuda, chinelo e camiseta o dia inteiro; pessoas semi-nuas pela rua; pubs se transformando em bares abertos; shows e festivais mais frequentes do q nunca.
É no verão que o morador de Seattle tem finalmente a liberdade q sempre sonhou e q a chuva e o frio nunca lhe deixou aproveitar; é no verão que ele liga o foda-se e sai mais cedo do trabalho em direção aos parques; é no verão q ele sai pelo meio do mato fazendo trlhas num dos lugares mais bonitos dos Estados Unidos; é no verão q ele calça seu chinelo e sai para o café da esquina para pedir uma limonada; é no verão que ele deixa o carro em casa e vai de bicicleta ao trabalho; é no verão q ele consegue usar aquele protetor solar comprado seis anos atrás; é no verão q ele sorri, diz bom dia sol e boa noite lua.

Ano q vem estarei ligado, aproveitarei ao máximo esses fabulosos três dias quentes do ano.

Saturday, July 21, 2007

Harry Bootleg Potter (no spoilers)

- There's no way for you to go to the Death Tower, you don't have your broom, there're no roads, and to cross the sea you're gonna need a bigger boat. - said Ron to Hermione
- Roads? Where we're going we don't need roads.
- What do you mean?
- Elementary, my dear Ron. Don't you know that if you build it, he will come. I built this whistle and with it Forrest the Bird will take me there.
- No! You can't go!
- Look, Ron, I can see you're really upset about this, but I'm going to make him an offer he can't refuse.

Hermione whistle and Forrest appear in less than two minutes
- Please don't go!
- Don't you worry, I'll be back.

- So do you want a go to some place like Bolivia?- said Forrest The Bird
- No, I need to go to the Death Tower, so run, Forrest, run! Harry needs my help
- Kid, the next time I say, "Let's go someplace like Bolivia," let's go someplace like Bolivia. That tower is The horror... the horror.

As soon as Hermione arrives in the Death Tower she meets Harry
- Harry... my precious!!
- Hermione, what are you doing here?
- We all go a little mad sometimes.
- Hermione, we have a problem
- What is the problem? I want the truth!
- You can't handle the truth!
- Harry, let's go to Kansas! There's no place like home.
- I can't go, I need to confront him, but don't forget... we'll always have Paris
- Harry, Harry... Harry, if you go, where shall I go? What shall I do?
- Frankly, my dear, I don't give a damn.

Harry Potter goes through the door and finally meets Voldemort for what shall be their last battle.
- Potter, Harry Potter.
- You talkin' to me?
- Have you ever danced with the Devil in the pale moonlight?
- Are you gonna bark all day, little doggie, or are you gonna bite?
- You've got to ask yourself one question: 'Do I feel lucky?' Well, do ya, punk?
- Go ahead, make my day.
- Yippie-ki-yay, motherfucker!

Voldemort fly in Harry's direction, but he dodges with a magic move.
- Get your stinking paws off me, you damned dirty ape!
- Dumbledore never told you what happened to your father.
- He told me enough! It was you who killed him.
- No. I am your father.
- No. No. That's not true! That's impossible!
- Search your feelings. You know it to be true.
- Noooooooooooooooooo
- Forget it, Harry. It's Chinatown.

Wednesday, July 18, 2007

Do you have a Wii?

Com o aniversário chegando (o convite tá logo ali embaixo) eu tenho todo direito de me dar um presente desnecessário. iPhone? Playstation 3? Nada disso, que me perdoem MacManíacos e Sonystas, mas o q realmente anda em falta por aqui é o Wii, aquele videogamezinho branquinho da Nintendo com joguinhos safados. Lançado no meio de novembro do ano passado, até hoje o bichinho tá em falta.

Conversando com um vendedor descobri q QUARTA e QUINTA são os melhores dias de se correr atrás, sendo assim, hoje eu peguei o telefone e fiz uma busca rápida:

Loja 1:
- Oi, vc tem um Wii?
- Não, tá esgotado

Loja 2:
- Oi, vc tem um Wii?
- Não, tá em falta

Loja 3:
- Oi, vc tem um Wii?
- Chegou hoje! Mas já acabou.

Tuesday, July 17, 2007

Festão de Aniversário

Dá para se fazer uma festa com cara de festa em Seattle?

CINCO simples passos básicos tornam isso possível

1) Visibilidade distorcida por escassez de luminosidade
2) Conversas ao pé do ouvido por volume excessivo do som.
3) Bom senso esquecido em razão do excesso de bebidas alcoólicas
4) Número de pessoas de três a quatro vezes maior q o número de acentos
5) Convidados em perfeito estado de alegria sem preocupações pendentes de trabalhos e brigas conjugais

Eu e Angelo resolvemos q no dia 28 de Julho esses cinco passos serão seguidos exemplarmente. O objetivo final é um só, acabar a noite de manhã, satisfeitos com o resultado e cientes de q foi dada a largada em pró da perdição de linha dessa cidade.

Agora algumas regras básicas q você deverá seguí-las a fim de nos ajudar nesse processo:
1) Compareça a partir das 17 horas e fique até depois do parabéns. O endereço é em algum salão de festá de um prédio de Seattle. o parabéns acontecerá três dias após o início da festa.
2) Traga o que for beber. Destilados são bem vindos, mas lembre-se q só são vendidos em Liquor Stores, portanto pense com um pouco de antecedência.
3) Traga quem quiser. Contamos com seu bom senso, isto é, pessoas animadas e mulheres bonitas terão uma recepção mais calorosa.
4) Evite falar de trabalho ao máximo. Música, Cinema, Compras, Viagens e Copa América são algumas opções bem mais divertidas
5) Dance, balance, perca a compostura, esqueça do mundo a sua volta, feche os olhos, solte os ombros e deixe-se levar por todo e qualquer ritmo q passar pelo seu ouvido.

Esperamos você, e o não comparecimento colocará nossa amizade em um risco desnecessário.
Angelo Ribeiro e Rodrigo Hermann

PS: depois não digam q não foram chamados. O endereço vcs peguem comigo via msn, telefone, e-mail, etc.

Friday, July 13, 2007

Klaxons

Ia escrever alguma coisa qualquer sobre o show do Klaxons e provavelmente colocar um vídeo depois do texto, mas o show foi tão ruim q eu paro por aqui mesmo.

Só gostaria de fazer uma pergunta pros universitários de plantão, e nem é uma desculpa para encher o blog de comentários tão escassos hoje em dia.

Qual o motivo de um bar cheio de gente expulsar todo mundo e fechar às 22:30 numa quinta-feira? Troca de turno do bartender não é, falta de movimento também nao. O unico motivo plausível q encontro é a alegria cruel dos seguranças em ver a cara de decepção da multidao com essa situação ridícula.

Monday, July 9, 2007

Pra que um Porshe?

Entro na freeway limpa de trânsito em direção à Seattle, na minha frente encontro com um Porshe amarelo. Dez milhas depois, ao fim da freeway o mesmo Porshe amarelho continua lá.

Fico me perguntando, pra q ter um Porshe amarelo se serei obrigado a andar à 60 milhas por hora? Fico com meu Honda, assim eu sigo as regras sem q tenha um motor atrás de mim pedindo uma injetada de gasolina.

eu com inveja? imagina

Sunday, July 8, 2007

Pequenos grandes sabores da vida


Boat Street Cafe
3131 Western Ave, Seattle, WA, 98121

Thursday, July 5, 2007

4 de Julho

Feriado q é feriado não se pode ficar em casa, mesmo q ele seja na quarta-feira é preciso ir pra rua. Algumas idéias sobre o q fazer surgiram, mas a melhor delas disparado foi: Acordamos às 6:30 da manhã, nos encontramos na Microsoft, dirigimos 3 horas em direção àquele vulcão q dizem estar extinto, subimos até cansar e, voltamos pra casa.

Dos 11 doidos q partiram em direção ao monte, 8 adotaram a frase clássica: "Sou Brasileiro e esse sol de Seattle não queima nada". Ao fim, pimentões, camarões e tomates frescos se xingavam por tamanha estupidez. Semana q vem haverá troca de pele.

As fotos estão ali no Flickr e dessa vez o número de fotos boas ultrapassa com folga o número de fotos ruins, não por qualidade do fotógrafo, mas porque por mais q eu me esforce, é realmente complicado tirar foto ruim com uma paisagem dessa.

Tuesday, July 3, 2007

Mercado da Esquina

Saí de casa na secura pra comprar uma Duff
Entrei no Kwik E Mart mas a desgraça da cerveja tava em falta
O jeito foi comprar 6 latinhas de Buzz Cola

Sunday, July 1, 2007

Scripts do nosso dia a dia

Conversas altamente produtivas q enfrento todo santo dia. Groundhog Day perde

Na academia:
- Good morning!
- Hi
- Como está seu dia?
- Sonolento
- Preparado pro final de semana?
- Estarei assim q acordar
- O tempo parece q irá melhorar, não acha?
- É
- Tenha um bom dia!
- Você tb

No refeitório da MS:
- Good afternoon!
- Hi
- Como está o seu dia?
- Enrolado de trabalho
- Preparado pro final de semana?
- Não vejo a hora
- O tempo parece q irá melhorar, não acha?
- Que nada, fechou de novo
- Tenha uma boa tarde!
- Você tb

Chegando no meu prédio
- Good evening!
- Hi
- Como foi seu dia?
- Podia ter sido melhor
- Preparado pro final de semana?
- Sempre
- O tempo parece q irá melhorar, não acha?
- Já perdi as esperanças
- Tenha uma boa noite!
- Até amanhã de manhã.

Friday, June 29, 2007

Manhãs Perdidas

Por aqui a toda hora a gente tá fazendo um curso de alguma coisa. Alguns são muito bons, outros são uma chatisse interminável.
Essa semana rolou um da 2a. categoria, o tema já não ajudava (debugging), some a isso o Power Point azul q todo mundo sabe q dá sono mais semprem insistem em usá-lo, mais um professor q fica boa parte do tempo sentado olhando pro laptop e falando com aquela voz grave sem nenhuma alteração de tom ou intensidade.
Na terça-feira eu vi o q teria pela frente. Na quarta-feira eu comecei a procurar tarefas paralelas. Na quinta-feira eu adotei as tarefas como prioridade do meu tempo.
Na sexta-feira eu cheguei ouvindo Magick dos Klaxons, sentei e fiquei esperando começar durante alguns minutos. Foi quando o cara atrás de mim tentou falar alguma coisa comigo q eu percebi q todo mundo estava escutando a minha música e, que o fato de estarem todos sentados com o professor no notebook significava q a aula já havia começado há algum tempo.
Desliguei o iPod fiz esse texto.

Tuesday, June 26, 2007

!!! BOMBA !!!

Alguém lembra desse título?

Barbie, fala com São Pedro q eu quero praia!
Enzo, rodada dupla de Poker lá em casa!
Goldin, tô topando até festinha Namasté!
Guiga, bora de van pra mangueira!
Letícia, desculpa mas o Castro é meu!
Magacho e Bruno, organizem o mergulho!
Pedro, fecha a galera do Maraca!
Vanda, arroz feijao bife e batata frita, ok?
Vanessa, Matriz?
Zanaca, vai pedindo os chopps e os bolinhos no Jobi.

ao resto... tentem aguentar o ritmo, dessa vez são duas semanas!

PS: a data exata tá na agenda ali do ladinho

Orgulhósos q só

Domingo, acordo umas 11 da manhã e resolvo atravessar duas esquinas em busca de um café mais agradável q o da minha cozinha. Ainda meio sonado paro na esquina e espero o sinal, uma mulher vindo em minha direção pergunta: "Vai lá se juntar aos homossexuais?"
Sorrio, olho eu frente e só aí cai a ficha. A Pride Parade é a uma quadra da minha casa! Com a rua interditada e um monte de gente assistindo a parada só me resta a opção de participar da festa (como espectador).
No fim a constatação de q dois quarteirões de Capitol Hill tem um concentração maior de viados do q toda a parada em Belltown. Mas beleza, o importante pras pessoas ali era se mostrar presente com todas as plumas, paetês, calças de couro e botas de plataforma que lhes são de direito.


PS: Pra quem não lembra tem gente no vídeo q já apareceu antes por aqui

Friday, June 22, 2007

48 pra 1

Reuniao de todo o grupo de trabalho pra comer o bolo de aniversario do chefe. 48 pessoas na sala de reuniao e o chefe resolve conhecer todo mundo. Assim um por um sai se apresentando seguindo o roteiro típico: nome, no que trabalha, de onde é, o que gosta de fazer e a piadinha pra finalizar sua parte.

No final das contas uma surpresa, das 48 pessoas na sala apenas 1 era americana, e mesmo assim o cara é o estagiário da turma.

Monday, June 18, 2007

A todos q realmente me interessam

Quando me falam q acompanhar de perto o q se passa no Rio atrapalha a minha adaptação por aqui, eu aviso de bate pronto q se deixasse os amigos do Rio um pouco mais de lado eu ficaria maluco em matéria de segundos.
O problema é quando estoura uma bomba lá e eu me sinto aqui sem poder fazer nada, sem conseguir expressar opinião, dar um beijo, um abraço ou qq outra coisa. O jeito mesmo é mandar recado pelo blog.

Quem não faz idéia do q eu tô falando nem pergunte pq eu nao vou dizer, aos q entendem o perrengue mil beijos e abraços.

Sunday, June 17, 2007

Solstice Parade

Fremont é um bairro por aqui com um estilinho meio hipponga e descolado, facilitando a vida dos cariocas digamos q enquanto Belltown é o Leblon e Capitol Hill é Botafogo, Fremont pode ser considerado as Laranjeiras.

Pois é justamente em Fremont q todo ano rola a Solstice Parade. As pessoas armam uns carros alegóricos, tiram a bicicleta da garagem, toda a roupa do corpo, e saem por aí pedalando com toda a liberdade do mundo.

Certas situações realmente pareciam a visão do inferno, mas é bom saber q pelo menos até agora ninguém criou uma lei obrigando o uso de tapa-sexos ou a higienização dos celins de bicicleta. Uma espécie de carnaval com uma queda considerável no padrão de qualidade, mas ainda assim uma luz mostrando q nem tudo está perdido.


PS: Fotos mais "interessantes" logo ali no Flickr

Solstice for Holiday

Solstício pra quem não sabe acontece 2 vezes por ano, e é a data onde os trópicos de câncer ou de capricórnio estão mais próximos do sol.

A maioria deve achar q comemorar o solstício é a coisa mais imbecil já vista, agora, pensando um pouco melhor (e dessa vez nem viajando muito) eu diria q os solstícios deviam ser declarados feriados universais. Se alguém fizer uma lista dos feriados mais importantes por aí vamos ter mais ou menos o seguinte:

- Natal: Comemoramos o nascimento de um sujeito q foi um senhor líder e porque não dizer o cara mais importante q já existiu até hoje, entretanto tem gente q não liga a mínima pra ele.

- Ano Novo: É a virada do ano segundo o nosso calendário gregoriano, q de tão errado temos q colocar um dia a mais a cada 4 anos. Tem muita gente por aí q prefere usar o chinês.

- Independência: Boa parte da população comemora o dia em q deixou de ser dependente de uns gringos e passou a ser dependente de uns nativos.

Daí eu chego a conclusão lógica q todos os feriados são altamente subjetivos e sujeitos à falhas, e portanto nunca serão considerados universais dado a total discrepância entre as culturas q temos por aí. Já o solstício por ser determinado por um fenômeno matemático não há como alguém levantar o braço e dizer q ele não exista, sendo assim... Lançemos a campanha para tornar os dois solstícios do ano feriados universais!!

PS: Mais uma da série Campanhas Beneficentes Para o Meu Próprio Umbigo

Tuesday, June 12, 2007

Free Paris Hilton

Ela é bonitinha e gostosinha (nada mais q isso), ela é burra como uma pedra, ela é o cúmulo da futilidade, ela acha q quem tem dinheiro pode tudo e ela é bilionária. Foi presa e todo mundo apoiou, foi solta e todo mundo reclamou, foi presa de novo e todo mundo elogiou. Quer saber, eu sou contra! FREE PARIS HILTON!! O motivo? É só pensar um pouco torto q se chega a uma ótima conclusão.

No país q ela vive os bares fecham às 2 da manhã e a bebida alcóolica na rua é proibido; dirigem aos 16, bebem aos 21 e se armam aos 9 meses; barulho é caso de polícia, sexo é assunto proibido e strip-clubs só pode tampando os peitos; não se tolera racismo mas existem americanos e afro-americanos; cachorro na coleira e luau sem fogueira pra nao tomar multa; e por aí vai...

Daí uma garota bilionária chega, liga o foda-se pro mundo depois q é vista por todos dando pro namorado, usa e abusa da sua imagem fútil de barbie e depois de uma merda atrás da outra a polícia a enquadra. Na boa, eu quero mais é q ela seja solta e q isso sirva pra mostrar pro resto da sociedade q as coisas nunca funcionaram como eles pensavam. É sonhar muito, mas quem sabe assim patricinhas e todo o resto resolvam ser contrários a esse bando de lei imposta q só serve pra aumentar o controle do Estado e diminuir ainda mais a liberdade de cada um, porque convenhamos, essa história de q os Estados Unidos é um país livre é uma mentira q se arrasta à séculos.

PS: Mais uma da série Campanhas Beneficentes Para o Meu Próprio Umbigo

Sunday, June 10, 2007

Mesa de Jantar... isso tudo é pra vc!

Aluguei o apartamento em novembro, de lá pra cá comprei algumas peças essenciais pra casa como cama, sofa, tv e mesa pro computador, mas 6 meses depois eu ainda nao tinha uma mesa de jantar. Pois bem, não tinha. Acontece q o custo de entrega era gigante e a mesa nao cabia no meu carro. A solução foi a melhor das já imaginadas, daquelas q me fazem sentir um ser inteligente: Chamo um amigo q tenha um carro grande, pegamos a mesa, montamos a mesa e... damos uma festa em homenagem à mesa.

No dia seguinte à festa colhi algumas opiniões sobre o evento:
As panelas gostaram bastante, nos últimos dias elas estavam meio esquecidas e, segundo elas a festa serviu pra mostrar q estão em plena forma e conseguem dar conta numa boa de uma macarronada pra vinte pessoas.
A geladeira se sentiu pesada no início da festa por causa da quantidade de cerveja em suas prateleiras, com o passar do tempo o peso foi sendo aliviado e ela pode enfim esfriar um pouco a cabeça.
Tanto a TV quanto o Xbox acharam o máximo, conseguiram dar seu show durante todo o tempo, berraram em todos os tons, mostrando q conseguem tocar do forró ao rock alternativo. O Xbox ainda estava mais esfusiante, disse q travou uma ou duas vezes tamanha a excitação por todos quererem tocar em seus botoes.
O cinzeiro odiou a festa, segundo ele essa tal geração saúde é irritantemente chata, dá toda a atenção pro o abridor de garrafas e sempre o deixa esquecido em algum canto da casa.
O sofá gostou bastante e manteve a sua sobriedade durante todo o tempo. Ao fim se viu obrigado a se desdobrar virando uma cama e ajudando um daqueles q por beber demais nao tinha como voltar pra casa.
As almofadas gostaram mais do início da festa quando ainda eram a grande sensação devido a seu modelito transadinho. No final reclamaram um pouco por terem q atuar como travesseiro de indíviduos q cismavam em babar em seu tecido.
Enfim, a mesa disse q adorou a homenagem, segurou a barra com bastante estabilidade e mesmo depois de horas apoiando a bebida dos outros continuava lá segura de si e pronto pra próxima.

Hoje ao acordarem todos fizeram o favor de tomar um banho tirando o cheiro de ressaca q estava no ar. O único insatisfeito parece ser mesmo o carpete, q não sabe como se desvencilhar de alguns copos de cerveja derramados.

Saturday, June 9, 2007

Cansei de Ser Sexy (CSS)

70% das pessoas q eu avisei sobre o CSS me perguntaram o q q Cascading Style Sheets tinha a ver com música, as outras 30% preferiram me ignorar. Depois de um leve esforço o pessoal começou a encarar numa boa, e no fim acabei juntando uma leva de se não me engano 14 pessoas made in td q é canto.
O show foi o q tinha q ser, ingressos esgotados, animado do início ao fim, mas pelo menos pra mim um pouco abaixo das expectativas por 2 singelos motivos:

1) Busdriver abrindo no lugar do Bonde do Role foi triste de ruim.
2) A gente lá na cara do palco se esgoelando com coros de Brasil, Gostosa, Superafim, etc. e a banda nem pra se manifestar. Típico de banda paulista :P

Segue um vídeo do show... sim... é cover do L7

Monday, June 4, 2007

Emergência 911

Americano é tudo desesperado e isso não é novidade pra ninguém. Alguns chamam de exagero e outros acham q é por causa do desespero q tudo funciona de acordo com as leis do estado. Julguem vcs mesmos.

FATO 1
Andando por volta das 22h de uma quinta-feira no centro de Seattle vejo um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze carros de bombeiro parados com a mangueira pra fora interditando todas as 4 faixas. Me pergunto cadê o fogo? Nao vejo. Cadê o suicida na janela? Não vejo. Cadê o gato na árvore? Não vejo. Desisto de procurar e pergunto pro segurança q estava em pé ali a bem mais tempo q eu. Ele me responde q acha q foi alguma coisa num apartamento do outro lado da rua, mas ele mesmo não viu nada.

FATO 2
Andando pra casa por volta de 1 da manha tb no centro de Seattle. Do nada ligam as sirenes um, dois, três, quatro, cinco carros de polícia. No megafone mandam uma van branca escostar. Alguns policiais saem dos carros armados até os dentes e apontam suas armas pra van. Mandam os pedestres se afastarem. Agora já são oito carros fechando novamente a rua. Mandam os sujeitos da van levantarem a mao. Quando um deles parece q vai sair do carro um policial berra no mega-fone q é para ficar no carro. Mandam o motorista sair devagar do carro e se afastar. Ele sai. Mandam levantar a camisa. Ele levanta. Mandam ir de costas em direção aos policias. Ele vai. Algemam. O mesmo processo se repete com o segundo e o terceiro do carro. Policiais se aproximam do carro com armas de tudo q é genero procurando mais alguem. Não tem ninguém. Relaxam e devagarzinho vao ajeitando as coisas em direção a delegacia.

E a vida volta ao normal, como se nada tivesse acontecido

Monday, May 28, 2007

The Killers

Depois da profunda decepção listada no post aí de baixo o jeito foi relaxar e aproveitar o show do The Killers. Tá certo q eu tô ficando mal acostumado, pelo menos uma vez por mês tem um show absurdo pra se ver ou um festival fora de série pra se ir. Não vou ficar fazendo resenha do q foi e do q poderia ser, assite o vídeo q é mais legal pra vc e mais fácil pra mim



Se o objetivo de um show é deixar vc mais interessado e ligado na banda, eles conseguiram... to escutando os caras sem parar.

Beastie Boys

Semana passada foi anunciado de última hora um show dos Beastie Boys no Crocodile Cafe por $25. Com a lotacao da casa por volta de 350 pessoas o único jeito de se conseguir um ingresso seria comprar na internet exatamente no mesmo minuto q os ingressos fossem postos a venda. As 16h apertamos refresh, selecionamos o numero de ingressos e... lotado =(

Mais tarde fui saber q os ingressos esgotaram em 10 SEGUNDOS e q em minutos o ingresso estava no eBay por módicos 300 DOLARES.

Wednesday, May 23, 2007

LOST

Não vou contar o q acontece, mas dá pra dizer uma coisa sem medo, foi sem dúvida o melhor final de temporada q eu já vi na vida.
A banana pro Brasil do Reginaldo Faria em Vale Tudo, o Ross se casando com a Rachel em Vegas, a mulher do Jack morrendo no último minuto da 24a. hora, o prefeito Odorico Paraguaçu inaugurando seu cemitério e se quiser pode até considerar o Darth Vader dizendo q é pai do Luke. Qualquer um perde de longe pro último capítulo da terceira temporada do Lost.

Quem tá acompanhando q fique no suspense ou baixe tudo na internet.
Quem nunca viu na vida, comece o quanto antes, de preferencia do início, vai valer cada segundo.

Tuesday, May 22, 2007

Elevator Refactored

Guia básico de como aumentar o apelo popular de um filme.
Mais uma superprodução da Weekend Productions

Thursday, May 17, 2007

Lonely Three Friends 2.0

Adam já tava na fila pro segundo mocca quando Jorge chegou com seu laptop debaixo do braço, se ajeitou na mesa, abriu o bicho e enquanto rolava o boot pediu pra Adam fazer o serviço de garçom trazendo um café com canela.

- Andei aqui pensando e cheguei a conclusão q a internet realmente é uma arma poderosa q a gente não faz uso como deveria. Pensa só a quantidade de gente q tá online disposta a conhecer gente. Da só uma olhada em volta, de cada 10 mesas pelo menos 7 tem um laptop.
Ricardo meio q sem paciência desse papo cibernético só avisou q é bem mais fácil chamar pra conversar qualquer uma das 7 mesas, do q achá-las na internet.
- Isso é óbvio, mas a questão é pq se restringir a esse café se temos o mundo a disposição? A gente aqui travado no café reclamando q nao conhece ninguém e a resposta tá na nossa cara. Vou criar profile em tudo q é site, dar uma ajeitada nas fotos do Orkut, endireitar meu MySpace, me descrever no Match.com, criar um avatar no Second Life, publicar umas fotos no Flickr, fazer uma senhora seleção musical no Last.fm, me anunciar no eBay e o q mais aparecer pela frente.

Ricardo vendo q Jorge pelo menos se sentia feliz por se achar o mais inteligente da mesa deixou o cara em paz. Adam voltou à mesa, e lá ficaram até o fim do café, o papo q já não tava evoluindo se tornou mais complicado quando um deles se relacionava mais com o computador do q com o mundo à sua volta.

Ao fim do café Adam e Ricardo levantaram e foram embora. Minutos depois, duas lindas morenas de olhos azuis passaram pela mesa e perguntaram se as cadeiras estavam vagas. Jorge disse q estavam e q podiam pegar, tudo isso sem tirar os olhos de seu mais novo elfo no World of Warcraft.

Monday, May 14, 2007

Elevator

A volta triunfal de Antonio Calomeni às telas
A estréia magistral da Weekend Productions
Quatro minutos de pura arte cinematográfica


Após alguns dias em exibição seguem algumas críticas:
- "o que dizer... pqp ficou foda"
- "Perdi quatro minutos da minha vida."
- "É uma mistura de 'O Fabuloso Destino de Amélie Polan' com 'O cubo', abusando da licença poética"
- "o cara manja veio"
- "Vcs não são da comunicação e estão fazendo filme que nem aquele povo..."

Sunday, May 13, 2007

Pelada's Heroes - O Caminho Para a Glória

No primeiro amistoso ficou claro q teríamos obstáculos pelo caminho. Na estréia do campeonato percebemos q se decepção fosse um problema o melhor seria abandonar o time. Como somos perseverantes e não possuímos a menor auto-estima (como todo nerd q se preze) ignoramos o fato de estarmos tomando uma goleada atrás da outra e procuramos enxergar um saldo positivo, por mais q nosso saldo de gols já tivesse dois digitos negativos.

Procurando algo para se apoiar foi fácil perceber q ao longo das partidas o time estava melhorando. Por mais q a derrota nos acompanhasse em todos os momentos, o número de gols sofridos diminuía com o tempo, ou seja, ainda havia uma esperança. Através de projeções aritméticas, estudos de caso, previsões metereológicas, numerologia e um pouco de dinâmica de grupo, chegamos a conclusão q nosso primeiro empate aconteceria após o último jogo da liga. Percebendo q o tempo era mais um adversário a ser batido resolvemos, tomar uma posição ofensiva, adotamos o 2-3-5 e partimos para o tudo ou nada.

Com práticas dignas do falecido Caixa D'Agua rasgamos o regulamento e convocamos jogadores impedidos de jogar por processos contratuais, ou seja, não trabalhavam na Microsoft. Começamos a explorar um lado mais malandro e desrespeitoso de jogo e, ao longo das partidas foi fácil enumerar a quantidade de faltas cavadas, reclamações ao juiz, carrinhos desleais e cusparadas na cara q nosso querido time despejou. Pelada's Heroes é hoje com muito orgulho considerado o time mais desleal e catimbento de todas as ligas da Microsoft. Por fim, o mais dificil foi liberar nosso hermano argentino para chamar seus amigos, mas tudo bem, ao lhe darmos a notícia seus olhos brilharam com tanta intensidade q por algum momento tivemos a impressão q ali dentro existia uma boa pessoa, por sorte esse momento foi breve o suficiente e não deixou saudades.

No último sábado finalmente conseguimos atingir nosso objetivo. Entramos em campo com um time globalizado. Brasileiros, argentinos, japoneses, americanos e um afegão mostraram q no esporte há sim um ambiente de paz e solidariedade. Nosso adversário formado basicamente por atletas geriátricos se mostrou no início bastante resistente ao nosso poder ofensivo, mas através do uso de bolas reservas conseguimos acelerar o ritmo de jogo e em 20 miinutos conseguimos tirar três de campo por motivos diversos (estiramento muscular, pressão alta e ataque cardíaco). Com um lançamento excepcional de nosso Iranildo, um passe de joelho direito do nosso Obina e um chute cruzado de Nakata abrimos a porteira. Minutos depois em um impedimento escandaloso, Robert Duvall empatou o jogo. Vendo q a vitória poderia escapar por nossos dedos apelamos para investidas ousadas, diminuímos a catimba e subimos ao ataque, em minutos nosso querido afegão meteu um gol de cabeça após uma cobrança de escanteio magnífica de Iranildo.

Com o fim do primeiro tempo e a possibilidade de uma recuperação física do adversário, nosso hermano lhes ofereceu uma águinha milagrosa. No segundo tempo, enquanto o adversário se mostrava sonolento e sem ação, Pelada's Heroes era só pressão. Não demorou muito para Afegão e Obina marcarem outros dois gols, o segundo com uma ajuda considerável de uma crise de incontingência urinária do goleiro Ben Kingsley.

Há cinco minutos do final do jogo o time geriátrico ainda marcou um segundo gol, mas a partida já estava decidida e, quando o árbitro apitou o final do jogo enchemos o peito de alegria e saímos de campo com um só grito: "O Chego Já... Pode Esperar... A Sua Hora Vai Chegar". Aos q não sabem (todos vcs), Chego Já é o maior rival do Pelada's Heroes desde a criação do tempo e da matéria, um time formado unicamente por brasileiros vascaínos q preferiram se afastar de seu país de origem por não suportar mais o nome vice sobre suas costas. Enfim, um clássico... aguardem.

Friday, May 11, 2007

Lonely Three Friends

Sentados nas poltronas de um café perto de casa, 3 amigos vislumbram no meio daquele asfasto cinza, calçada cinza, e céu cinza de Seattle uma mulher com seus aparentes 30 anos cruzar a rua, se aproximar da lata de lixo, abrir a bolsa e jogar tudo fora, no caso... lixo.

- Alguém consegue me explicar qual o motivo disso?
- Registra isso pelo amor de Deus q meu celular tá com a memória cheia!
- Relaxa, a gente sempre vem aqui, mas dia menos dia ela volta e a gente registra com cuidado.

Adam, Jorge e Ricardo eram meio q assim, praticamente todo santo dia passavam no café, sentavam nas poltronas, abriam um jornal, olhavam pra janela, e ali ficavam. Se eram felizes assim? Nem um pouco, mas acreditavam piamente q aquele café poderia lhes trazer algum benefício um dia. Mais precisamente acreditavam q um dia uma loira peituda ou uma morena bunduna apareceria na poltrona ao lado, se interessaria pela lingua estranha q falavam e os convidariam para seu apartamento há 2 quadras dali. Há uns meses atrás Adam, Jorge e Ricardo fizeram a conta e descobriram q esperavam por esse momento há 1 ano, 3 meses e 19 dias.

Ficavam lá, inventando teorias conspiratórias sobre o porque da vida deles simplesmente não andar como imaginavam, no intervalo do assunto na maioria das vezes levantavam da poltrona e compravam um café.

- De verdade, o q faz uma mulher guardar lixo na bolsa desse jeito?
- Não ter sacos de lixo é uma opcao
- Não faço idéia mas dá pra descobrir fácil!

Ricardo largou seu café na metade e saiu voando na direção da mulher antes q ela tirasse a última lata de alumínio amassada de sua bolsa. Saindo do café diminuiu o ritmo em direção a mulher, chegou devagar e perguntou com toda a calma do mundo:

- Vc pode me informar q horas são?

Ela esvaziou os pedaços de chocolates velhos, os sacos de cheetos vazios, as ultimas gimbas de cigarro malrboro e respondeu:

- Joguei meu relógio fora na quarta passsada
- Mas vc tem pelo menos um minuto? A verdade é q eu não estou interessado na hora, mas queria muito saber o q vc está fazendo guardando esse lixo na bolsa.
- Posso saber porque?
- Porque o q?
- Porque vc quer saber sobre o q guardo na bolsa e sobre o q jogo no lixo?
- Não, nada disso... foi só porque eu achei estranho alguém do nada parar no meio da rua, abrir a bolsa e começar a tirar um monte de lixo. Não quero saber o q vc está jogando fora, apesar de já ter visto uma meia dúzia de absorventes usados, só achei estranho e, em vez de ficar corroendo a minha cabeça sobre o porque disso, vim direto perguntar à fonte.
- Estranho é vc q sai larga seu café com seus amigos e vem pertubar uma desconhecida fazendo perguntas sem o menor propósito. Com licença mas eu tenho mais o q fazer.

A mulher deu uma última batinha tirando o restante das cascas de ovo, fechou a bolsa, virou as costas e foi embora. Ricardo voltou ao seu ponto de partida, no café e sem entender nada.

- Qual é? Eu pelo menos tentei conhecer alguém, um dia eu acerto, melhor do q ficar aí despencado na poltrona.
- Vc tem toda razão. Eu se fosse vc aproveitava e ia lá puxar assunto com aquele sujeito q tá segurando uma placa alegando q teve o pai morto por ninjas.

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PS: Todos os personagens são fictícios exceto a mulher do lixo e o sujeito da placa

Wednesday, May 9, 2007

Coachella - VIDEOS

Chega, prometo não falar mais sobre o assunto, só um video atrás do outro e assunto encerrado.

Resumão de 50% do q eu vi


Arctic Monkeys


The Rapture


Klaxons


Rage Against the Machine

Friday, May 4, 2007

Coachella's hungover >> LCD & !!!

Oficializando a ressaca do Coachella, quarta rolou show do LCD Soundsystem e na quinta do !!!

Começando pelo fim, !!! é exclamação demais pra pouca banda, o show foi legalzinho mas lá pro fim eu já não aguentava mais ver aquele vocalista rebolar e fazer pose. Não levei câmera e não me arrependo. Fica aqui registrado q a trilha sonora do pré show era um cd do Seu Jorge. Depois meteram uma Timbalada q estragou tudo, por sorte a banda de entrada começou antes q eu me retirasse do ambiente.

Voltando pra quarta, foi bom pacas, o show do LCD é coisa de louco. O video aí debaixo não mostra a versão sensacional da música "Yeah", mas pra ninguém ficar chateado tem a versão completa de "New York I Love You". Relaxem e aproveitem, porque agora eu preciso é de descanso.



PS: Achei um link da Yeah. Se quiserem me achar no vídeo, eu tô lá na frente do lado esquerdo

Wednesday, May 2, 2007

COACHELLA

Viajar pro meio do deserto, acampar durante 3 dias, ser acordado pelo sol incessante na cabeça sempre às 8 da manha, ir dormir quando as pernas já não aguentam mais, pegar filas e filas pra tudo, comer mal, gastar dois dolares pra tomar um copo d'agua, sete por uma cerveja, 8 por um pedaço de pizza. Se alguém acha q eu me arrependo de ir pra esse negócio chamado Coachella, por favor, pense novamente.

Viajar pro meio do deserto, despencar no colchão à noite sabendo q o dia seguinte pode ser melhor, pegar um bronzeado durante todo o dia, ver meninas de biquini (nao esqueçam q eu moro em Seattle), reencontrar amigos de longa data, não trabalhar na sexta-feira, chegar segunda no trabalho ao meio-dia de bermuda e mochilão, e claro... ouvir as melhores bandas da atualidade uma atrás da outra praticamente sem intervalo, ouvir as melhores bandas da atualidade uma atrás da outra praticamente sem intervalo (essa tem peso dois). Agora faz a conta... alguém acha q eu me arrependo de ir pra esse paraíso chamado Coachella?

Não vou ficar fazendo resenha sobre o q foi bom e o q não foi, tem gente muito mais entendida no assunto, portanto eu aconselho seguir esse e esse link, o roteiro foi basicamente o mesmo, até porque andamos praticamente lado a lado.

Do lado de cá vale dizer em letras garrafais que foi PHODA, com ph pra ficar mais emblemático.

Mesmo assim segue um roteiro do q rolou nesses dias:

Sexta: Noisettes // Tokio Police Club // Of Montreal // Arctic Monkeys // Felix da Housecat // Benny Benassi // Interpol // Bjork

Sabado: The Cribs // The Fratellis // Hot Chip // MSTRKFT // Peter Bjorn & John // Kings of leon // Arcade Fire // Girl Talk // um pedaço do Red Hot // The Rapture // The Good, The Bad and the Queen

Domingo: Mika // Tapes 'n Tapes // Explosions In The Sky // Kaiser Chiefs // Klaxons // Manu Chao // Rage Against the Machine

O Top 5 merece um comentário a mais

1) Arcade Fire: totalmente estasiante, da vontade de chorar presenciar aquele show ao vivo. Primeiro lançam um CD excelente, depois lançam um outro CD melhor q o primeiro, depois me manda um show desse na cara... isso é sacanagem pra qq mortal.

2) Kaiser Chiefs: Achava a bandinha meio meia boca, só mais uma wanna-be Arctic Monkeys, mudei completamente de opiniao no momento q o vocalista pisou no palco e mandou: "Nós somos os mundialmente famosos Kaiser Chiefs". Dali pra frente foi pancada do início ao fim, stage diving, crowd surfing, seguranças socorrendo menininhas descontroladas massacradas e asfixiadas, e no fim uma baqueta voando na minha direção e quicando no meu dedão. Disparado o show mais contagiante do festival

3) The Rapture: Rock pra dançar de uma qualidade assustadora, trenzinho pelo meio da pista, tapas recebidos e dados em uma bela bunda. Animou, colocou pra dançar e foram embora com um gostinho de pena q acabou

4) Rage Against the Machine: Anos e anos na espera, o festival inteiro parou pra assistir a formação original destruindo tudo, ter q assitir o Manu Chao repetir a mesma música durante 1 hora foi dose, mas assim q entraram ficou claro q o momento era histórico. É show pra comprar a camisa e contar pros filhos q vc estava lá. A camisa eu comprei, falta arranjar uns filhos.

5) Arctic Monkeys: Se a galera tivesse mais animada o show seria melhor, mas mesmo assim valeu cada segundo. Os moleques seguram a onda como ninguém, brincam com o público e mostram q merecem com toda razão o título de A banda inglesa do momento.

E pra fechar algumas outras curiosidades q não dá pra deixar passar:

- Ninguém diz obrigado como a Björk
- Açai com granola servido por linda morena e comprovando q nem só as loiras são burras
- The Good, The Bad and The Queen é show pra assistir em local fechado e sentado, mas em pé e no calor é bom do mesmo jeito
- "foda-se, eu tenho um Jeep" adicionado as frases célebres antes da morte
- Kid Beyond agradecendo aos céus por estar no palco do Coachella
- Definitivamente não sou chegado em Explosões No Céu
- O assobio do Peter, do Bjorn ou do John não segurou a onda
- Bush sendo condenado a morte e o festival inteiro aplaudindo
- Mika é tão gay q só consegue colocar as mulheres pra dançar... os homens ficam constrangidos
- 10 garrafinhas d'agua por uma quente é exploração
- Uma hora e meia engarrafado na saída do estacionamento
- Sendo acordado por alguém batendo no vidro avisando q o trânsito andou

Vídeo e fotos ficam pra depois... tô sem tempo e correndo pro show do LCD, sabe como é... festival q é festival sempre rola uma ressaca depois.