Perrengue número 1

Começamos bem. Digo claramente q passar perrengue é uma das melhores coisas da viagem, é no perrengue q se aprende, e é do perrengue que se ri depois. Histórias bonitinhas nunca tem a menor graça. Agora, os perrengues poderiam aumentar com o tempo... eu precisava passar um MEGA perrengue logo no meu 2o. dia?

Domingo a noite, aproximadamente 22:30. Resolvo arrumar a papelada necessária para me apresentar na Microsoft no dia seguinte as 8 da manhã. Pego a pasta, coloco papel daqui, papel dali, olho o mapa de como chega e de como sai. Um tempo atrás já tinha feito até o caminho de carro, pra evitar me perder no caminho (minha especialidade). Enfim, tudo certo, só faltava um documento pouco importante... o passaporte. E aqui é q a situação piorou... onde diabos eu coloquei meu passaporte?

Vasculhando na memória eu simplesmente não lembrava nem sequer de ter visto o maldito. A última imagem na minha cabeça era eu mostrando o passaporte na locadora láááá no aeroporto.

Reconstituindo os passos eu passei na locadora, de lá fui pegar as chaves de casa e depois cheguei em casa. Sendo assim, o passaporte estaria ou na locadora (aeroporto), ou no hotel onde peguei a chave (perto de casa), ou em casa (o ideal).

Comecei por procurar em casa, vasculhei tudo, desespero batendo e o fato da casa ser pequena só piorava, afinal, simplesmente nao existia lugar pro passaporte estar. Eram 23:30 quando eu desisti de procurar e resolvi atirar para as outras possibilidades.

Primeira parada, hotel onde peguei as chaves. A vantagem de ser um hotel é q estaria aberto. Cheguei lá, a mulher olhou no achados e perdidos e... NADA

Segunda parada, aeroporto. Novamente estaria aberto, mas a locadora nao estava. Menos mal q encontrei outra Avis ainda no aeroporto aberta. Segundo eles todo mundo sempre esquece o passaporte no carro, e eles tem um cofre só pra isso, portanto me garantiram... se seu passaporte foi esquecido na Avis, ele está seguro. O problema é q o gerente com a combinação do cofre só chegava as 5 da manha. Saí de lá novamente com as mãos vazias, quer dizer, saí com o telefone da Avis na mão.

Eram quase 1 da manha e eu voltei pro meu ponto de partida: em casa, sem passaporte, desesperado. Haviam duas alternativas: procurar mais ou dormir e acordar as 5 pra falar com o gerente, estando lá em pegava o carro e buscava, nao estando eu procurava até a hora de me apresentar na Microsoft.

Resolvi dormir, óbvio q nao foi um dos meus melhores sonhos. Óbvio q sonhei com o passaporte, na verdade sonhei q tinha achado um passaporte espanhol q nao era o meu, o que nao me adiantava de nada.

Acordei antes do despertador, liguei pra Avis as 5:15, o gerente tinha chegado, mas ele nao tinha a combinação do cofre. Gerente com combinação só as 6h.

O desespero aumentava exponencialmente, comecei a revirar todas as roupas já perdendo a esperança. No primeiro casaco q balancei o passaporte voou 2 metros.

Ajoelhei, agradeci a todos acredito e q não acredito e, aprendi a cuidar do livrinho verde com mais cuidado.